Aqui na Kanttum, oferecemos um Programa de Mentoria e uma Comunidade de Aprendizagem com o intuito promover formação e desenvolvimento para professores. A seguir, você poderá ler o relato da Vanessa, professora do Colégio Erasto, que passou pelo ciclo de mentoria e plano de desenvolvimento individual.
Um case real de mentoria para professores
Quando recebi o e-mail de reconhecimento pelo meu desenvolvimento neste ano letivo, fiquei muito contente. O Colégio Erasto Gaertner, onde sou professora, firmou a parceira com a Kanttum para formação continuada da sua equipe pedagógica. Todos nos sentimos muito valorizados com essa oportunidade.
Para responder à pergunta “Como você busca se destacar na sua profissão?”, relembrei minha trajetória durante o ano. Sempre acreditei que o diálogo sobre práticas e tendências educacionais fosse fundamental, assim como a formação continuada, mas nestes últimos meses o contato com tudo isso se intensificou graças à Kanttum.
Sou uma grande defensora da educação transformadora e da autoavaliação do professor sobre sua prática em sala de aula. Entretanto, preciso admitir que a chegada da Kanttum me tirou da zona de conforto, e logo a Comunidade de Aprendizagem se tornou uma aliada do meu fazer pedagógico.
Mentoria para professores começa com autorreflexão
Refletir sobre a minha prática utilizando a partir da rubrica da Kanttum possibilitou um olhar sobre diversos pontos importantes para que eu ofereça um ensino de excelência aos meus alunos. Enxergar a si mesmo em sala de aula foi ao encontro dos diálogos que já estávamos tendo na escola sobre metodologias, implementação da BNCC, currículo e proposta pedagógica.
As trocas entre mentor e mentoreado possibilitam uma aproximação entre educadores, fortalece o diálogo e a percepção de que as dificuldades não são somente de um ou de outro profissional. Assim, adquirimos novas ferramentas para superar os desafios em sala de aula. Uma construção verdadeiramente colaborativa.
Depois da mentoria, ficou evidente para mim que o professor precisa ser um pesquisador, pois a qualidade da sua aula está no seu desejo em transformar os seus alunos em exploradores e facilitar descobertas. Definitivamente, o estudante deve ser protagonista do seu conhecimento, enquanto o professor cumpre o papel de mediador. Com essa nova perspectiva, passei a vivenciar os projetos com as turmas de maneira diferente. Eu me sentia fazendo as descobertas junto com eles.
A educação deve ser transformadora
No momento que a criança interage, debate, levanta hipóteses sobre o assunto, ela está desconstruindo e construindo novos conceitos. Ela busca referências no repertório que ela já possui, mas levanta hipóteses e sugestões acerca do que pode vir a ser.
Neste diálogo, eu observo, como a criança interage, se relaciona e constrói seu pensamento. Avaliar se a atividade proposta vai levar a criança a esse pensamento crítico e reflexivo acerca de tantos temas. Esta resposta vem da própria criança. Quando você passa a ouvi-la, a troca tem mais relevância e significado. E ser esse tipo de professor ou professora é exatamente o que a criança e seus familiares esperam da escola.
Hoje eu compreendo que a criança não é apenas um ser passivo, receptor de conteúdo, mas a protagonista deste ensino multidisciplinar. Isso também me coloca em uma posição em que eu desejo aprimorar a minha formação, ampliando o meu olhar sobre as linguagens e potencialidades dos alunos.
Depois de entender tudo isso e me conhecer como professora, digo que minha busca profissional é por reinvenção, diálogo, experiências, trocas, inquietações e respostas. Oferecer uma educação que seja adequada às necessidades das práticas cotidianas, desenvolvendo a capacidade de agir e interagir, além de contribuir com um pensamento crítico, questionamento e curiosidade.
Texto por Vanessa Bellaver, professora mentoreada pela Kanttum