Josh Stumpenhorst é autor do livro “A nova revolução do professor” e em sua obra compartilha experiências e vivências que qualquer professor se enxergará em alguma daquelas situações.
No Brasil, o livro foi publicado pela Editora Vozes em 2018, e por ser tão atual, acaba trazendo muitos elementos vivenciados por novos professores, mas também aqueles mais experientes.
Algum palpite sobre do que tratam esses elementos? Acertou quem pensou em tecnologia e inovação. Josh elenca quatro conselhos envolvendo a educação e o século XXI, vamos a eles?
01. Seja um educador conectado
E isso não significa apenas utilizar tecnologias, não! Mas de aproveitar essas ferramentas digitais para se conectar a outros professores, outros profissionais da educação, outros entusiastas pelo assunto. O autor afirma que utiliza o Twitter e um blog para se conectar a aprender com outros profissionais por todo o mundo.
02. Seja um mestre de tecnologia
Josh inicia esse conselho chamando a atenção para o fato de que não está se referindo a quadros brancos interativos, tablets nas mãos de cada aluno ou smartphones espalhados pela sala. Josh traz a noção de um equilíbrio: sem exageros com relação a tecnologia, aquela com uso vazio, sem intencionalidade, sem objetivo - apenas para comprovar que tal professor “utiliza” tecnologia.
Nesse sentido o autor enfatiza o uso tradicional de novas ferramentas digitais: isso não é inovar! Para isso é preciso ser um mestre da tecnologia: saber quando e como é necessário utilizá-las. Um bom exemplo disso é trazido pelo autor: “um martelo novo é excelente, mas um bom carpinteiro não tenta atarraxar um parafuso com um deles. Da mesma maneira, um professor do século XXI sabe que ferramentas são necessárias e quando e como usá-las” (p. 120).
03. Seja um profissional reflexivo
O autor aponta esse conselho como um dos mais importantes, já que educadores e educadoras, enquanto profissionais, em muitos casos não mudam em cem anos. As ferramentas mudaram, mas a prática pedagógica, não. Por isso, o professor do século XXI é capaz de olhar para sua própria prática adaptá-la com base naquilo que percebe como necessário.
A crítica se refere especialmente aos profissionais que ainda estão ensinando da mesma forma como faziam há vinte anos. Conclusão: se o que sabemos sobre o aprendizado e a motivação mudou, também o modo de ensinar deve mudar. Conforme o autor: “a estagnação é a morte profissional de qualquer professor” (p. 120).
04. Seja um defensor
Defender a si próprio e a sua profissão, é isso que o autor aconselha aqui. Sabe quando esperamos que os outros dirão coisas agradáveis sobre a nossa profissão? Compartilhar isso nos noticiários? Bem, estamos esperando há muito tempo. E estamos errados. Como professores, podemos sentar e reclamar, ou tomar alguma atitude sobre isso.
O autor deixa a sugestão de ao invés de agirmos como animais feridos, deveríamos lutar por nós mesmos e defender o excelente trabalho que realizamos todos os dias e todas as lutas que vencemos pela educação.
Ufa! Quatro conselhos e muitas reflexões, não é mesmo? É possível perceber, com Josh e mesmo em nossa prática, que algumas minúcias precisam ser ajustadas, que precisamos reavaliar algumas propostas e algumas verdades que construímos ao longo de nossa carreira.
Mudar é difícil, mas não mudar é fatal, e a educação precisa de olhares atentos e determinados a buscarem soluções, ainda que pequenas, aos seus problemas e questões. Juntos, conectados, partilhando saberes vivências conseguimos traçar esse percurso mais rapidamente. Vamos nessa?